quinta-feira, setembro 28, 2006

Jânio de Freitas: Pedido de Prisão

Salvo
O pedido de prisão de envolvidos no escândalo do dossiê, feito pelo procurador da República em Mato Grosso Mário Lúcio Avelar, tem algo ainda mais estranho do que sua ocasião, quando prisões desse gênero estão proibidas até meados da semana que vem. A relação do procurador não incluiu o envolvido que não tem ligação com o PT, mas com Barjas Negri, ex-ministro da Saúde no governo Fernando Henrique. Um dos figurantes na lista foi citado apenas uma vez em todo o caso, sem que sequer essa citação se comprove fundada. Já o empresário Abel Pereira, apontado por Luiz Antonio Vedoin como um de seus intermediários para liberação de verbas da Saúde, figura em gravações, já se contradisse sobre idas ao Ministério de Barjas e estaria entre recebedores de comissões documentalmente comprovadas pelos Vedoin.

José Simão Vê Evento da Coligação Por Um Brasil Decente (PSDB-PFL)

"E os tucanos fazendo aquele evento "Por Um Brasil Decente"? MAIS ÉTICA NA DEMAGOGIA, por favor! Não existe virgem na zona! Rarará!"

O José Simão, filósofo, analista político e humorista, é colunista do jornal Folha de São Paulo. Esta citação foi publicada na Folha de São Paulo, de 27 de setembro de 2006.

Larry Rohter e Lula, da Coluna Toda Mídia da Folha de São Paulo, 27/09/2006

LARRY E LULA
Larry Rohter, o célebre correspondente do "New York Times", está por todo lado -da seção de erros, por trocar a data do segundo turno, ao podcast do NYT.com.
No áudio, ele questiona a resistência dos brasileiros em admitir o racismo, elogia Lula por nomear ministros negros e propor o estatuto da igualdade racial. Vai além:
- Os grandes jornais, revistas e redes de televisão se pronunciaram contra o estatuto e contra qualquer idéia de ação afirmativa... Mas por trás disso há pessoas que têm gozado de privilégios por causa da cor de sua pele.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2709200652.htm

Partido de Todos os Santos - Charge da Folha de São Paulo, 27/09/2006

segunda-feira, setembro 25, 2006

Ainda o Dossiê

Lendo a coluna do "ombudsman" da Folha de São Paulo deste domingo, 24 de setembro, Marcelo Beraba, finalmente deu para entender a histeria em torno do dossiê que chamei de midiático em outro post.
O ouvidor da Folha chama o dossiê de obra "suja - provavelmente criminosa" (isto no caso de crime eleitoral ter sido cometido. O caso mais flagrante eleitoral seria se provar que o dinheiro para pagar o dossiê vinha de "caixa 2"). Ou seja, o tráfico de dossiês tem existido há muito tempo, no mínimo desde o restabelecimento de eleições diretas no Brasil, mas sempre é "sujo", ou imoral.
Ah bom!

sábado, setembro 23, 2006

Comprar Dossiê Não é Crime

É uma dúvida que eu tinha desde o surgimento do tal "escândalo do dossiê". Afinal de contas, comprar um dossiê é crime? No saite Agência Carta Maior, fica esclarecido:

"(...) Comprar dossiê em campanha ou em outro período qualquer não é, necessariamente, um crime, como esclarece o próprio corregedor-geral eleitoral do TSE, César Asfor Rocha, na entrevista que concedeu à Revista Consultor Jurídico, publicada nesta segunda-feira (18). “Comprar dossiê é crime?”, perguntam os entrevistadores. “Depende da forma com que esse dossiê é utilizado, do desvirtuamento que possa ocorrer. Não vamos falar de dossiê, vamos falar em termos de um elemento de informação. Há ato ilícito se há trucagem, se a informação é colocada num contexto falso. Só o fato de uma pessoa entregar informações sobre circunstâncias verdadeiras e isso ser divulgado não caracteriza crime”, responde o ministro. “Mesmo que seja utilizado na campanha eleitoral?”, insistem. “Ainda que seja utilizado na campanha, se o fato é verdadeiro e a utilização é feita de forma escorreita, não há crime”."

http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=12311

Assim, o crime só ficará caracterizado se foi oriundo, por exemplo, de caixa 2, ou como ficou comum chamar, dinheiro não contabilizado pela campanha, e que possa caracterizar abuso econômico.

Visceral

- Mas em qual blog está o comentário sobre o golpe de estado na Tailândia? - Ele perguntou.
- No "Voltas em Torno do Umbigo". - Eu respondi.
- Mas o blog sobre política não é o outro?
- Ah sim, mas eu o uso só para política brasileira, pois mexe mais com o nosso dia a dia, gera mais paixões, é mais visceral...
- Ah é. A política brasileira, às vezes, é tão visceral que gera mesmo o produto final das vísceras!...
- ...

Sim, claro. Este comentário final foi verdadeiramente desconcertante.

quinta-feira, setembro 21, 2006

A Charge da Folha de São Paulo, de 20/09/2006

José Simão: O PT e o Bornhausen

Do sábio observador da cena política brasileira, José Simão, em sua coluna:
"E como disse um amigo meu, esse PT conseguiu uma façanha inédita: fazer uma política econômica de direita e desmoralizar a esquerda. E o Bornhausen ainda tem raiva deles."

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2109200603.htm

terça-feira, setembro 19, 2006

O Dossiê Midiático

De repente, a eleição presidencial que corria mais ou menos tranqüila, com as pesquisas apontando franco favoritismo do presidente Lula à reeleição, é sacudida por um dossiê que conteria informações contra o candidato do PSDB ao governo do estado de São Paulo, José Serra, e, de quebra, envolvimento do ex-governador de São Paulo e candidato do PSDB à presidência da república, Geraldo Alckmin, com a tal máfia das ambulâncias.
O tal dossiê seria negociado pelo líder da máfia das ambulâncias com membros do PT, mas a Polícia Federal abortou tal tentativa, tendo prendido tanto vendedores quanto compradores do material, bem com 1,7 milhão de reais em dinheiro.
A questão toda é: qual é o crime aqui? O tal dossiê não chegou a ser usado para chantagear ninguém. Talvez portar este monte de dinheiro seja crime, se não for explicada a sua origem, mas, e se a origem for verificada?
E alguém acredita que o presidente Lula estivesse pessoalmente envolvido em montar dossiês contra adversários políticos? Ele que rechaçou o tal dossiê Caiman em 1998?

segunda-feira, setembro 18, 2006

"Não Corrompa!"

Do José Simão, colunista da Folha de São Paulo:

E a frase do dia é: "Não corrompa mais ninguém. Reeleja alguém".

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1509200603.htm

quinta-feira, setembro 14, 2006

Uma das Frases da Semana

Esta frase apareceu no jornal Correio do Povo, edição de 13 de setembro, quando noticiava a entrega do Prêmio Springer Carrier por um Rio Grande Maior aos responsáveis pelo "Pacto Pelo Rio Grande". O Pacto Pelo Rio Grande é um "acordão" para "salvar" as finanças públicas do Rio Grande do Sul, que vem periclitantes sob governos de praticamente todos os partidos, ao longo dos últimos anos.

A frase do Correio do Povo: "Záchia afirmou que o Pacto não tem dono, (...)"

O contexto continua, "(...) é de todos os gaúchos que querem o melhor para o Estado, para a coletividade e para as futuras gerações". Então tá.

Carta de FHC - Charge desta Quarta-Feira na Folha de São Paulo

quarta-feira, setembro 06, 2006

Os Intelectuais e os Presidenciáveis

E a revista CartaCapital noticia encontros de grupos de intelectuais com os dois principais candidatos a presidente do Brasil.
Entre diversas manifestações pincei as que achei mais contundentes de cada lado. A psicanalista Maria Cecília Parasmo, pelo lado de Geraldo Alckmin, diz que "Tem de ser mais crítico com tudo isso, essa corrupção que nós estamos vendo". Já o rapper Ferréz (que, por sinal, também possui um blog: http://ferrez.blogspot.com/), não chega a declarar um voto em Lula, mas informa "Não quero que o Brasil seja governado por um homem que lavou São Paulo em sangue."

Voto Proporcional

Por outro lado, ao pensar no voto proporcional, aquele que aqui no Brasil elege vereadores, deputados estaduais e distritais (distritais no caso do Distrito Federal), e deputados federais, realmente é um voto que se presta à eleição de "picaretas", utilizando uma linguagem do atual presidente da república, no tempo em que ele ainda estava na oposição. Como é necessário um percentual mínimo de votos, e alguns campeões de votos levam o resto do partido nas costas, eis aí o caminho por onde podem entrar candidatos candidatos a picaretagens.
Se é verdade o que tem sido repetido na mídia, este tipo de voto só existe no Brasil e na Finlândia. Como se sabe são países muito semelhantes, a Finlândia possui 5 milhões de habitantes, uma renda per capita de US$ 29.000,00 , e é uma república parlamentarista. O Brasil possui 185 milhões de habitantes e renda per capita de US$ 8.000,00 , e é uma república presidencialista.

Má Notícia para os Que Advogam Voto Nulo: 50% + 1 de Votos Nulos Não Anula Eleição

A notícia vem da Folha de São Paulo, e está também no blog do jornalista Fernando Rodrigues (http://uolpolitica.blog.uol.com.br/#2006_09-06_06_44_09-9961110-0), mesmo uma maioria de votos nulos numa eleição, não gera a convocação de nova eleição. Votos anulados só serão responsáveis pela convocação de novo pleito no caso de estes votos terem sido anulados por juiz eleitoral em decorrência de fraude. Como o voto anulado de livre e espontânea vontade não é decorrente de fraude, ele apenas fica como voto inválido, facilitando a eleição para quem tiver mais votos.
Assim, numa hipotética eleição com 4 candidatos, A, B, C e D e 100 eleitores, se 20 eleitores (20%) anularem o voto, digamos que o candidato A tenha 41 votos, ele leva no primeiro turno, pois os demais candidatos somados conseguirão, no máximo, 39 votos. Já se os que anularem o voto forem apenas 10 (ou 10%), e eles não votarem no candidato A, haveria um segundo turno, pois a soma dos demais candidatos seria de 49 votos.
E na eleição proporcional, o aumento de votos nulos, diminui a quantidade de votos que os partidos precisam alcançar para ultrapassar a tal cláusula de barreira, de 5% dos votos, para eleger um deputado, dando mais margem aos chamados partidos nanicos, que se prestam a, às vezes, se tornarem "legendas de aluguel".

terça-feira, setembro 05, 2006

O Dr. Pedro Ruas Vai Pelo Psol

Ontem eu vi uma propaganda política do Dr. Pedro Ruas. Ele sai candidato a deputado estadual pelo Psol. Nº 50.000 .
É uma trajetória política que vai ao contrário das mais comuns.
O próprio PT, foi de ideais vagamente socialistas no seu início, para um governo conservador na área financeira, e assistencialista na parte social.
O Dr. Pedro Ruas, se a memória não me trai, começou sua atuação na política partidária no PDT, ao lado do Dr. Leonel Brizola. Na eleição de 1998, apoiou no segundo turno a candidatura de Olívio Dutra. O governo Olívio Dutra provocou um racha no PDT, o que levou muitos quadro do partido a saírem ou "serem saídos" do partido. Nesse momento deixam o partido, por exemplo, o sr. Milton Zuanazzi, atual presidente da ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil, o dr. Sereno Chaise, ex-prefeito de Porto Alegre na década de 1960, cassado pelo golpe de 1964, e ex-diretor do Banrisul no governo Olívio Dutra, e a atual candidata a deputada federal Emília Fernandes. O dr. Pedro Ruas aparentemente sumiu da militância partidária.
Agora ressurge como candidato, em um partido, que pelo senso comum, seria utópico, idealista.
Ou seja, parece que o dr. Pedro Ruas é alguém que continua sonhando!...

Charge da Folha de São Paulo, 05/09/2006 - A Solidão de Alckmin

sábado, setembro 02, 2006

Supercarreata do Candidato Francisco Turra no Centro de Porto Alegre

Apesar da ventania e do céu nublado, uma grande carreata de apoio ao candidato a governador Francisco Turra, do PP - Partido Progressista, passou pelo centro de Porto Alegre hoje à tarde. Foi uma grande quantidade de veículos buzinando, carros de som com alto-falantes divulgando o jingle de campanha, e muitas bandeiras.
No Rio Grande do Sul, o PP apóia Geraldo Alckmin para presidência da república.