terça-feira, novembro 11, 2008

Assassinato de Civis pressiona governo Uribe

Escândalo militar pressiona governo Uribe

Ministro da Defesa fala hoje no Senado sobre execução de civis; presidente chama ativista de ONG de "cúmplice das Farc"

DA EFE

O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o comandante do Exército colombiano, general Mario Montoya, vão comparecer a sessão em uma comissão do Senado hoje para se explicar sobre a escalada do escândalo dos "falsos positivos" -civis assassinados por militares, mas apresentados mais tarde como guerrilheiros ou paramilitares mortos em combate.
O escândalo veio à tona quando se soube que 19 jovens, tidos como desaparecidos, foram contabilizados como baixas inimigas. Pelo episódio, o presidente Álvaro Uribe afastou 27 oficiais e suboficiais, incluindo três generais na semana passada. A Procuradoria está apurando mais de mil casos de execuções sumárias no último ano.
A oposição quer que Santos, homem forte de Uribe, assuma a "responsabilidade política" pelo escândalo e renuncie.
Irritado com um relatório da Human Rights Watch (HRW) que acusa Bogotá de atrapalhar investigações sobre paramilitares, Uribe chamou o diretor da ONG José Miguel Vivanco de "cúmplice e defensor" das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Vivanco foi expulso da Venezuela há dois meses após divulgar um informe crítico do governo.
Outro foco de pressão sobre Uribe, lideranças indígenas decidiram fazer nova marcha contra governo e pretendem protestar em Bogotá.

Texto da Folha de São Paulo, de 4 de novembro de 2008.


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