Ativistas vivem 'insegurança permanente' na Colômbia, diz ONU
Ativistas vivem 'insegurança permanente' na Colômbia, diz ONU
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para as ameaças contra ativistas de defesa dos direitos humanos na Colômbia, deixando-os em uma situação de "insegurança permanente".
O documento do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU chama a atenção sobre a "vigilância ilegal por parte dos serviços de intelgiência do Estado, as detenções arbitrárias, as incursões em sedes de ONGs e o roubo de informações".
"Algumas das violações dos direitos humanos dos ativistas são atribuídas às guerrilhas, a novos grupos armados ilegais e a organizações paramilitares que, segundo os próprios ativistas, não foram desmanteladas", diz o relatório.
"As ameaças geram um clima de terror dentro da comunidade dos defensores dos direitos humanos e impedem o seu papel legítimo."
Governo
O documento critica as medidas de proteção adotadas pelo governo colombiano para proteger os ativistas, destacando que "há deficiências no sistema de alertas" sobre graves violações dos direitos humanos e "insuficiente resposta para a impunidade".
O relatório, no entanto, admite que houve "recentes pronunciamentos tranquilizadores por parte das mais altas autoridades do país, reconhecendo o trabalho legítimo dos defensores dos direitos humanos".
O governo colombiano ainda não se pronunciou sobre o relatório, mas anteriormente já disse que os abusos não fazem parte de uma política estatal. As autoridades também afirmaram que houve uma queda no número de assassinatos de sindicalistas e jornalistas, e um aumento dos recursos para proteger ativistas ameaçados.
As ONGs elogiaram o relatório.
"Este é um dos informes da ONU que mais foi fundo em relação à gravidade da situação", disse à BBC Gustavo Gallón, diretor da Comissão Colombiana de Juristas, uma das principais organizações de defesa dos direitos humanos do país.
Notícia da BBC Brasil.
Marcadores: assassinato de defensores de direitos humanos, assassinato de sindicalistas e lideranças de trabalhadores, Colômbia, violação de direitos humanos
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