quinta-feira, junho 28, 2007

Por Que Cotas na UFRGS?



Eu peguei no Cuca Fundida, que pegou do Animot, que pegou da Implicante, que pegou do Olho-Dínamo.

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15 Comments:

Anonymous Anônimo said...

98% de alunos brancos?
2% de negros, índios, pardos, mestiços...

Ah, que legal então com minha ascendência indígena fui minoria por 5 anos!

10:37 AM  
Blogger Letícia Losekann Coelho said...

Complicado, dar opinião. O enfoque racial para dar cotas tem todas as explicações... mas prefiro o enfoque monetário, salarial, de quem pode ou não pode pagar. Esse é mais justo ainda! Mas não dá para comparar um com o outro!! Nem todos os negros são pobres e nem todos os ricos são pobres, fica muito complicado!

2:03 PM  
Blogger Letícia Losekann Coelho said...

Daqui a pouco, surge novamente o papo da intolerância, Zé...

2:05 PM  
Blogger José Elesbán said...

Caro Leonardo,
Por coincidência eu te conheço, e tu és branco! Sem nenhuma sombra de dúvida para mim.
Só posso ver o teu comentário como uma provocação (isto é, provocação para chamada ao debate, pois não pretendo brigar contigo... :) ). Tu sabes que não estamos falando aqui de carga genética, mas de relações sócio-culturais e fenótipos. O teu fenótipo é de branco, tu vives como branco e não como um indígena, tanto que não estás em nenhuma reserva indígena do país. Estamos falando da aluna negra que lidera o movimento pró-cotas na UFRGS, que passou em Enfermagem, sem cotas, E não encontra nenhum professor da mesma cor da pele dela. Estamos falando das pessoas que, pela cor da pele são encaminhadas ao elevador de serviço mesmo que sejam visita, elevador de serviço este que não é para médicos das famílias do prédio, ou para o decorador. Tu sabes que vivemos no país em que até a diarista da TV é branca (nada contra a Cláudia Rodrigues, muito pelo contrário), em que um jornalista negro "ancorou um telejornal pela primeira vez, mais de 40 anos após o surgimento da TV no Brasil.

12:00 AM  
Blogger José Elesbán said...

Leonardo,
Duvido que pela tua ascendência índia, tenhas sofrido a tal "sutil discriminação" que sofre quem tenha "aparência de marginal".
Mas tudo bem. É teu direito te achares minoria. Quem sabe se tentares uma segunda faculdade tenhas a oportunidade de entrar em cotas indígenas, se elas vierem a existir...
[]

12:05 AM  
Blogger José Elesbán said...

Cara Letícia,
obrigado pela visita e pela preocupação. Ser chamado de intolerante é do jogo. Enquanto não me ameaçarem fisicamente, tudo bem...
[]

12:08 AM  
Blogger José Elesbán said...

Cara Letícia,
E quanto ao complicado, bem, aí creio que tu deves ouvir, ou ler, os argumentos de ambos os lados, e te posicionar.

12:10 AM  
Blogger Letícia Losekann Coelho said...

Não sei se consigo te explicar... o Brasil tem uma dívida histórica com os negros, nao existe dúvida, mas não concordo com as cotas para os negros. Ser negro não significa nao ser capaz de passar em um vestibular em uma faculdade federal, ou ser intelectualmente inferior aos brancos. Cotas acabam (na minha visao)mascarando um problema que é muito sério, o ensino básico e o médio deste País. Quem estuda em escola estadual tem muitas dificuldades de passar na Federal, e não são somente os negros que estudam em escolas estaduais. Cotas para "pobres" pelo menos eu penso assim; é mais justo! Mas não dá para comparar uma coisa com a outra!

12:37 PM  
Blogger Letícia Losekann Coelho said...

Falando em intolerância, escrevi algo hoje no meu blog!!

12:38 PM  
Blogger José Elesbán said...

Pois é,Letícia,
As cotas sócio-econômico-étnicas foram aprovadas. Veremos como serão regulamentadas.

12:19 AM  
Blogger marden said...

Olá a todos.

Penso que as cotas raciais sejam o aspecto imprescindível desta política afirmativa. Uma reserva apenas social de cotas , em minha opinião, seria menos inclusiva do que se pode supor a princípio. Isso porque a discriminação racial é obviamente subestimada neste país; e, conseqüentemente, deixa-se passar despercebida a imposição de interdições aos negros pobres, mais que aos brancos pobres. Essa interdição os priva de uma proporcional representatividade política PELA VIA de uma interdição de mobilidade social.

Ou seja: brancos pobres, por serem brancos, têm mais chances de ascender socialmente e, por conseqüência, de ocupar posições estratégicas de atuação política.

Além do que, a aprovação de uma política de cotas meramente social passaria como apenas mais uma medida assistencialista. Ora, esse CERTAMENTE não é o ponto das políticas afirmativas. Uma política afirmativa como a de cotas é uma política afirmativa DA RAÇA; e ser uma política afirmativa da RAÇA é idêntico a afirmar que, malgrado a idéia hipócrita de democracia racial brasileira, praticamente não há negros e definitivamente não há índios em lugares de produção de conhecimento, cultura, profissionalização e poder --como, veja só, na Federal do RS.

Abraço a todos. Abraço, zealfredo. Ótimo blogue.
Marden.

10:09 PM  
Blogger José Elesbán said...

Valeu, Marden.

10:26 AM  
Anonymous Anônimo said...

OS NEGROS SEMPRE QUEREM DIREITOS IGUAIS!
E AGORA?? PQ NAO QUEREM? MUDARAM DE IDEIA DE REPENTE?
É CLARO NE QUANDO DA PRA MAMA NA TETA QUALQUER COISA É BEM VINDA.. BAITA PRECONTECITO CONTRA OS PROPRIOS NEGROS!!!
É SO UMA FORMA DE O GOVENO DOBRAR E ENROLAR ELES
-.-

9:30 PM  
Anonymous Anônimo said...

Bom ,acho que cotas nao é a solução , deveria melhorar a qualidade do ensino público , visando a formação média e básica , não a de negros ou indios, mas sim quem possui baixa renda , para que eles possam competir com outros no vestibular estando aptos à graduação.Por exemplo: Criando grupos de reforços , cursinhos pré , dos quais algumas universidades já os oferecem etc.

11:11 PM  
Blogger José Elesbán said...

Caro anônimo,
Obrigado pela visita e pelo comentário construtivo. Concordo que reforços, cursinhos "populares", e outros ajudam, mas as cotas me parece que ajudarão alguns indivíduos já. E é bom que algo seja feito já. A discriminação é centenária.

2:13 AM  

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