Honduras: Resistentes contra o golpe ainda sofrem perseguições
Militantes contra golpe ainda são retaliados, diz OEA
DA REDAÇÃO
Pouco mais de um mês após a posse, em janeiro, de Porfirio Lobo na Presidência de Honduras, militantes da resistência contra o golpe de Estado de junho de 2009 estão sob perseguição no país.
A denúncia foi feita ontem pela CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) da OEA (Organização dos Estados Americanos), para quem há um cenário de crescente violência no país contra ativistas que defendiam a restituição do ex-presidente Manuel Zelaya.
Apenas em fevereiro, diz a CIDH, membros da resistência, sindicalistas e comunicadores sociais foram alvo de três homicídios, mais de 50 prisões, oito episódios de tortura, dois sequestros, dois estupros e uma revista.
A comissão manifestou "profunda preocupação" ante informações sobre ameaças a filhos de líderes da Frente de Resistência contra o golpe. Cita o caso da filha de 17 anos do radialista Enrique Gudiel, que apareceu enforcada no último dia 17 após dois dias de sequestro.
A Folha tentou ontem, sem sucesso, ouvir o governo Lobo sobre as denúncias. Pelo golpe, Honduras está temporariamente excluída da OEA.
Notícia publicada na Folha de São Paulo, de 9 de março de 2010.
Marcadores: Golpe de Estado em Honduras, Honduras, perseguição, violação de direitos humanos, violência política
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