Ipea propõe acabar com PIS e Cofins
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcio Pochmann, apresentou ontem no Senado a proposta de extinguir a cobrança de PIS e Cofins, tributos que deverão render R$ 115,3 bilhões aos cofres públicos este ano.
Para compensar a queda de arrecadação, ele propõe a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas e a criação de 12 alíquotas, entre 5% e 60%, no Imposto de Renda da Pessoa Física.
Pochmann ressaltou diversas vezes em audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado, da qual participaram quatro senadores, que não fazia uma proposta, e sim apresentava "uma simulação" feita pelo Ipea.
Segundo ele, o fim da cobrança de PIS e Cofins -dois tributos indiretos- iria reduzir o preço dos produtos, o que aumentaria o poder de compra da população e tiraria da pobreza 6,4 milhões de pessoas, uma população igual à do Rio de Janeiro.
Pelo cálculo do Ipea, o imposto sobre grandes fortunas renderia arrecadação de R$ 70 bilhões por ano para o governo federal. Ele não soube definir, porém, que valor o instituto considera ser grande fortuna. "Fizemos o cálculo com base na experiência internacional. A previsão de arrecadação pode estar até subestimada."
Texto da Folha de São Paulo, de 6 de junho de 2008. É bom que o IPEA apresente sugestões para melhorar a situação fiscal do Brasil, mas uma alíquota de Imposto de Renda de mais de 50% significa entregar ao governo mais do que se recebe por qualquer atividade.
Marcadores: carga tributária, impostos, IPEA, tributação
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