segunda-feira, dezembro 07, 2009

Mensalão, mensalão, mensalão

Mensalão do PSDB

Nos sites e telejornais, há dias, "mensalão do PT" e "mensalão do DEM".
O ex-presidente do PSDB virou réu por esquema que precedeu os dois e foi destacado em manchetes, ontem nos portais UOL, Terra e G1, como "mensalão mineiro". Na Globo propriamente, nem "mensalão". Fátima Bernardes descreveu um "esquema que ficou conhecido como valerioduto de Minas".
Já o site do jornal "O Estado de S. Paulo" postou a manchete "Supremo decide processar Azeredo por mensalão tucano".



MENSALÃO? QUE MENSALÃO?

A newsletter de Cesar Maia, pai do presidente do DEM, abordou o escândalo que envolve o único governador do partido sem citar uma única vez a expressão "mensalão". No final, após notas sobre outros assuntos, mencionou o "mensalão" do PT.
José Dirceu reagiu postando que o adversário "escreve como se não fosse com ele". No título, "Nunca vi tamanho cinismo e hipocrisia!".

INIMIGOS...
Cesar Maia recorreu a Churchill para questionar o PSDB ou parte dele:
"A Câmara dos Comuns dispõe governo e oposição de forma confrontante. Um estreante sentou ao lado de Churchill: "Ali na frente, nossos inimigos". Churchill sorriu: "Ali na frente, nossos adversários. Aqui atrás, nossos inimigos"."

Trechos da coluna Toda Mídia, na Folha de São Paulo, de 4 de dezembro de 2009.

“Mensalão”, pelo que me consta foi o termo inventado pelo ex-deputado Roberto Jefferson para descrever um suposto meio de “comprar” maiorias parlamentares na hora de votar projetos importantes para o governo no Congresso. Esta tese ainda está por ser provada. Me pareceu mais um esquema de caixa 2. Assim como parece caixa 2 que a grande mídia gosta de chamar de “mensalão mineiro”, mas que para ser justo, deveria ser chamado de mensalão tucano, já que chamam o mensalão de Roberto Jefferson de “mensalão petista”. Já o rolo com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, eu ainda não consegui saber do que se trata. A julgar pelos vídeos divulgados e comentários, parece mais um esquema de enriquecimento pessoal, mas bem pode ser também caixa 2 como parece que já alegou um dos suspeitos.

O financiamento de campanhas é um calcanhar de Aquiles nas democracias representativas. Em qualquer uma delas, seja no Brasil, Estados Unidos, Itália ou Japão, só para citar os países que mais geram os escândalos que aparecem nos nossos noticiários.


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