Ministro de Israel pede que Obama honre acordos feitos com Bush
Ministro de Israel pede que Obama honre acordos feitos com Bush
da France Presse, em Jerusalém
da Folha Online
O ministro do Ambiente de Israel, Gilad Erdan, ligado ao premiê Binyamin Netanyahu, disse nesta terça-feira que, ao defender o congelamento das colônias judaicas instaladas em áreas palestinas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se afasta dos compromissos de seu antecessor, George W. Bush (2001-2009), com aquele Estado.
"Quando o presidente americano pede congelamento da construção, incluindo os jardins de infância, se afasta dos convênios concluídos com Israel pelo presidente Bush. [...] Em 2004, Bush afirmou, em uma carta, que as construções poderiam continuar nos grandes blocos de assentamentos em Judeia e Samaria [nomes bíblicos da Cisjordânia]. Em virtude deste texto, Israel deixou, depois, quase 20 colônias na faixa de Gaza, em 2005", disse Erdan.
"Os funcionários do Departamento de Estado americano conhecem os acordos."
Com a fala, o ministro evidenciou o acirramento da cisão entre os novos governos dos EUA e de Israel que já havia sido exposto nesta segunda-feira (1º), quando Netanyahu afirmou para o Comitê de Assuntos Exteriores e Defesa do Knesset (Parlamento israelense) que "congelar a vida na Judeia e na Samaria" é inaceitável.
"Há pedidos razoáveis e há pedidos que não o são. O destino definitivo das colônias será decidido em um acordo final sobre o estatuto da Cisjordânia", disse.
No discurso, Netanyahu reiterou que não construirá novas colônias em territórios palestinos e que pretende acabar com os assentamentos ilegais, mas criticou o pedido pelo congelamento que foi feito não só por Obama mas também pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Para os palestinos e boa parte da comunidade internacional, as colônias judaicas construídas nos territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias (1967) são ilegais e representam obstáculo à paz e à criação de um futuro Estado palestino vizinho a Israel. O Estado hebraico constrói nessas colônias sob a alegação de que elas estão "crescendo naturalmente".
Os assentamentos que Israel considera ilegais são aqueles construídos sem autorização do governo, a partir de março de 2001, data na qual Ariel Sharon assumiu o cargo de premiê.
Notícia da Folha Online.
Marcadores: Estados Unidos, Israel, Palestina
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