Reconhecendo erros
De empastelamentos a reconhecimento de erros
Não faz muito tempo, alguém que discordasse das opiniões expressas por um jornal podia juntar uma turba e destruí-lo fisicamente.
A isso se chamava "empastelamento". Este jornal, quando era "Folha da Manhã" e "Folha da Noite", foi vítima de tal agressão em 1930.
No sábado, dia 7 passado, um grupo de 300 pessoas (segundo o jornal) ou pelo menos 450 (de acordo com os organizadores) realizaram manifestação de protesto em frente à Folha.
Elas se diziam indignadas com editorial publicado em 17 de fevereiro com menção à ditadura brasileira (1964-1985), chamada de "ditabranda".
O ato, com número de participantes que evidencia tanto o poder de convocação dos promotores do evento quando a importância do jornal, foi pacífico. A Folha o noticiou no domingo e deu na íntegra manifesto lido ali.
Faz muito pouco tempo, veículos de comunicação nunca reconheciam seus erros. A Folha foi o primeiro no Brasil a ter seção fixa para eles.
No domingo, pela primeira vez que eu tenha memória, um jornal admitiu erro de opinião. Foi a Folha, neste episódio.
Isso demonstra como avançou a relação entre imprensa e sociedade neste país.
A propósito, leitores registram que a "Nota da Redação" em resposta a carta de Fábio Konder Comparato em 20 de fevereiro continha erro factual.
É verdade: ela dizia que Comparato não havia "até hoje" manifestado repúdio a ditaduras de esquerda como a de Cuba. Em 1º de junho de 2004, o "Painel do Leitor" publicou carta dele com críticas ao regime cubano.
Texto do ombudsman, Carlos Eduardo Lins da Silva, da Folha de São Paulo, de 15 de março de 2009.
Não faz muito tempo, alguém que discordasse das opiniões expressas por um jornal podia juntar uma turba e destruí-lo fisicamente.
A isso se chamava "empastelamento". Este jornal, quando era "Folha da Manhã" e "Folha da Noite", foi vítima de tal agressão em 1930.
No sábado, dia 7 passado, um grupo de 300 pessoas (segundo o jornal) ou pelo menos 450 (de acordo com os organizadores) realizaram manifestação de protesto em frente à Folha.
Elas se diziam indignadas com editorial publicado em 17 de fevereiro com menção à ditadura brasileira (1964-1985), chamada de "ditabranda".
O ato, com número de participantes que evidencia tanto o poder de convocação dos promotores do evento quando a importância do jornal, foi pacífico. A Folha o noticiou no domingo e deu na íntegra manifesto lido ali.
Faz muito pouco tempo, veículos de comunicação nunca reconheciam seus erros. A Folha foi o primeiro no Brasil a ter seção fixa para eles.
No domingo, pela primeira vez que eu tenha memória, um jornal admitiu erro de opinião. Foi a Folha, neste episódio.
Isso demonstra como avançou a relação entre imprensa e sociedade neste país.
A propósito, leitores registram que a "Nota da Redação" em resposta a carta de Fábio Konder Comparato em 20 de fevereiro continha erro factual.
É verdade: ela dizia que Comparato não havia "até hoje" manifestado repúdio a ditaduras de esquerda como a de Cuba. Em 1º de junho de 2004, o "Painel do Leitor" publicou carta dele com críticas ao regime cubano.
Texto do ombudsman, Carlos Eduardo Lins da Silva, da Folha de São Paulo, de 15 de março de 2009.
Marcadores: "ditabranda", Folha de São Paulo, ombudsman
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