Justiça declara coronel Ustra responsável por torturas
O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra foi declarado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo responsável pela tortura de três pessoas da mesma família durante o regime militar, na década de 1970. Ustra comandou o DOI-Codi em São Paulo entre 1970 e 1974, período de maior repressão política no País. A decisão é inédita no País e foi tomada em 1ª instância. À defesa, cabe recurso.
Na sentença do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi julgado procedente o pedido de declaração de responsabilidade de Ustra pela tortura do casal de ex-presos políticos Maria Amélia de Almeida Teles e César Augusto Teles. Também foi reconhecida a tortura a Criméia Schmidt de Almeida, irmã de Maria.
O julgamento é apenas moral e político, já que Ustra foi beneficiado pela Lei de Anistia, em 1979. A tortura é considerada crime contra humanidade e penalidades podem ser discutidas na Justiça.
"Eu me sinto vitoriosa. Gostaria que a Justiça tivesse reconhecido também a tortura a mim e ao meu irmão, que éramos crianças na época. Mas o juiz disse que não há elementos para isso. A decisão faz com que a gente pense mais. De uma maneira mais séria dos crimes do passado. Ela traz à família satisfação e alívio", diz Janaína Teles, que na época tinha cinco anos de idade. O irmão, Cesar Teles, é um ano mais novo.Redação Terra
Notícia do Terra.
Marcadores: Carlos Alberto Brilhante Ustra, ditadura militar, Golpe de 1964, justiça, tortura, torturadores
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home