Ainda sobre migrações e turismo
O Jornal da Globo de agora à noite mostrou um flagrante de um turista espanhol tendo barrada a sua entrada no Brasil (por Fortaleza). Tecnicamente a rejeição do espanhol foi irrefutável. Ele não indicava o endereço onde ficaria hospedado, e por isso foi deportado.
É o princípio de reciprocidade. Tem algo de vingança para tantos brasileiros barrados, humilhados e deportados.
Mas não foi algo que eu tivesse gostado de ver.
Ao fim e ao cabo, acho que eu preferia que o espanhol tivesse sido admitido.
É o princípio de reciprocidade. Tem algo de vingança para tantos brasileiros barrados, humilhados e deportados.
Mas não foi algo que eu tivesse gostado de ver.
Ao fim e ao cabo, acho que eu preferia que o espanhol tivesse sido admitido.
posted by José Elesbán at 12:27 AM
6 Comments:
Discordo, Zé Alfredo. Neste caso, bateu levou (sim, sim, fui acometido de um surto collorido).
Um abraço.
Zé, a imigração ilegal de brasileiros na Espanha aumentou 400% nos últimos 3 anos. Existe também uma máfia de brasileiros que vende passaportes falsos. Fonte: Clóvis Rossi que esteve semana passada na Espanha acompanhando as eleições. Se o Brasil fosse invadido por imigrantes ilegais espanhóis (que não é o caso e está longe de ser o caso) ai sim poderia se falar em reciprocidade. Mas esse tipo de informação a mídia (nem a grande e nem a alternativa) publica porque há um consenso em torno do que é politicamente correto. Entende?
Jens, Jens, ...
Maia,
Não entendo. Já coloquei para ti o que penso disso. Não me interessa se aumentou em 400% a imigração de brasileiros para a Espanha, nem se há máfia traficando mulheres brasileiras para lá.
Para mim a única coisa importante é que brasileiros que não eram migrantes, nem prostitutas foram barrados e tratados como bandidos quando bandidos não eram.
Se eu fosse para a Espanha, eu não iria como migrante, e não gostaria de ser tratado como criminoso. Ponto.
Zé, o que a imigração geralmente pede? a) passagem de volta, b) reservas de hotel, c) o dinheiro necessário para essa estadia.
Li, por exemplo, que dois brasileiros foram barrados por carregavam 200 euros. Ora, convenhamos 200 euros é muito pouco para fazer turismo na Europa. Uma diária num albergue custa entre 30 e 40 euros e num hotel de três estrelas cerca de 80 euros. O que está acontecendo é que a polícia espanhola está exigindo provas mais contundentes de que a pessoa vai mesmo fazer turismo. Isso, é certo, gera injustiças, mas é uma forma de conter a imigração ilegal. Na verdade, a polícia espanhola está fazendo o mesmo que uma discoteca burguesa: frequenta quem tem grana.
Tudo bem. Analisa-se caso por caso, rejeita-se os que não cumprem as exigências.
Não por acaso é o que se está fazendo aqui.
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