quarta-feira, novembro 01, 2006

Boris Fausto e o Governo Reeleito

BORIS FAUSTO

Presidente perdeu legitimidade


"A eleição de Lula, em 2002, foi recebida por seus eleitores com grande entusiasmo e a esperança de profundas mudanças socioeconômicas, muitas delas ilusórias. De qualquer modo, o clima era este. A eleição de 2006 representou uma preferência por Lula, mas sem despertar entusiasmo entre a massa de votantes e até na militância do PT. Ela votou, mas pouco participou da campanha. Mesmo no caso da oposição, o respeito pela figura de Lula e de seu partido, que existiu na primeira eleição, desapareceu na atual. Mantidas as coisas como estão, acredito que o governo tratará de seguir basicamente os rumos e os descaminhos atuais, com ajustes aqui e ali."


"É preciso esclarecer o que significa "terceiro turno". Golpe? Dado por quem? Nenhuma pessoa de responsabilidade na oposição está falando nisso. Quem lançou campanha golpista no passado foram alguns membros da cúpula do PT, entre eles o atual ministro Tarso Genro, e alguns intelectuais, que entoaram o "fora FHC". Isso não significa que acusações e escândalos, com a amplitude que têm, não devam ser investigados e julgados. Esses fatos e a opinião pública vão contribuir para um decréscimo da legitimidade do segundo mandato."


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc3010200610.htm


JÂNIO DE FREITAS

Está aí


O historiador Boris Fausto nega propósitos de impeachment, por ação judicial, que foram objeto de artigos aqui, de Tereza Cruvinel em "O Globo" e de outras referências. É possível que a descrença, embora menos enfática e mais delicada, alcance outros leitores. Se posso ajudá-los, informo que o presidente da República e o ministro da Justiça até já apresentaram defesas escritas em processos que pretendem sua incriminação na compra do dossiê, crime eleitoral capaz de provocar impeachment. A iniciativa judicial é dos dirigentes da oposição.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc3110200603.htm