No Rio, militares comemoram os 45 anos do golpe militar de 1964
No Rio, militares comemoram os 45 anos do golpe militar de 1964
DIANA BRITO
colaboração para a Folha Online, no Rio
Representantes dos clubes Naval, Militar e de Aeronáutica do Rio comemoraram na tarde desta terça-feira os 45 anos do golpe militar em uma sessão solene no Clube Militar do Rio, no centro da cidade. Militares inauguraram uma placa em homenagem a 126 mortos no período, que, segundo eles, seriam vítimas de ataques de militantes de esquerda.
Além de uma palestra sobre o desenvolvimento econômico brasileiro nas décadas de 60 e 70 com o economista Ubiratan Iório, foram inauguradas três placas em homenagem às "vítimas do terrorismo" na época.
Segundo o presidente do Clube da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista, "os militares que sofreram mortes trágicas de forma brutal foram homenageados nas placas".
"Por mais trágico que sejam as perdas de vidas humanas por frios assassinatos, a isso tudo somam-se as vítimas inocentes, pessoas comuns e alheias ao confronto insano e humildes vigilantes do seu trabalho, feridos, mutilados e mortos sob a mira errante dos insensatos", disse Baptista.
Durante o evento, os militares apontaram o golpe militar como uma "revolução democrática, que deve ser comemorada todos os anos". "Cada ano há uma comemoração do movimento e sempre com um tema diferente. Este ano, nós abordamos o desenvolvimento econômico que aconteceu naquela época e fizemos um registro oficial das mortes dos militares vítimas de ataques", disse o presidente do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo.
Segundo a organização da sessão solene, dos 2.000 convidados, apenas cerca de 400 pessoas compareceram, entre eles militares da ativa.
Notícia da Folha Online.
45 anos após o Golpe de 1964 ainda existem militares exaltando a “revolução democrática de 1964”. Só faltou chamarem de a “revolução” de “Redentora”, como foi na época (isto é, em 1964 mesmo). É aceitável que alguns queiram comemorar o Golpe de 1964, que algumas mortes sejam relembradas, mas chamar o Golpe de revolução é sem sentido.
Revoluções acontecem e mudam estruturas nas sociedades. O exemplo paradigmático é a Revolução Francesa, que mudou as estruturas da sociedade na França.
O Golpe no Brasil teve intenção totalmente conservadora, mantendo as estruturas agrárias arcaicas, reprimindo movimentos de trabalhadores, e evitando as pequenas reformas que o então presidente João Goulart queria promover: reforma agrária, direitos trabalhistas para o trabalhador rural, voto do analfabeto. Não foi revolução. Foi reação.
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