Após vitória no partido, Livni diz que também ganharia eleições gerais
A nova líder do Kadima (centro), Tzipi Livni, disse nesta sexta-feira, dois dias após sua vitória nas primárias do partido em Israel, que também ganharia as eleições gerais se elas fossem antecipadas. "Caso não consiga formar o governo, eu irei a eleições gerais e vencerei", disse Livni, na primeira reunião interna do Kadima que preside como líder do partido.
Livni, que também é ministra das Relações Exteriores, derrotou o ministro dos Transportes, Shaul Mofaz, nas primárias do partido com uma vitória apertada --43,1% dos votos contra 42%. O vencedor precisava obter mais de 40% dos votos para vencer a eleição em primeiro turno. Caso contrário, seria organizado um segundo turno na próxima semana.
Para substituir Olmert no cargo de primeiro-ministro, Livni tem um período de 42 dias para formar uma nova coalizão. Caso contrário, novas eleições legislativas serão marcadas para o início de 2009 --mais de um ano antes do previsto.
Olmert, envolvido em escândalos de corrupção --as duas maiores investigações contra ele envolvem suspeitas de recebimento de propina de um empresário americano e desvio de verba de viagens oficiais--, anunciou no dia 30 de julho que não concorreria às primárias do Kadima e que renunciaria após a votação.
Neste sentido, Livni pediu a seu colega de partido que "cumpra sua palavra" e apresente a renúncia. Fontes próximas a Olmert afirmam que ele renunciará após as festividades do Ano Novo judaico, que acontecem no final deste mês.
Egito
O ministro de Relações Exteriores do Egito, Ahmed Aboul Gheit, expressou sua esperança de que a nova líder do Kadima "tenha êxito em conseguir a paz com os palestinos".
Em declarações divulgadas hoje pela imprensa local, Gheit disse que as posições que Livni mantinha como chanceler no governo de Olmert "não necessariamente têm de ser mantidas", pois agora "ela enfrenta novas responsabilidades e necessidades".
O Egito foi o primeiro país árabe que assinou a paz com Israel, em 1979, graças aos tratados de Camp David assinados em 17 de setembro de 1978.
Com Efe
Texto da Folha Online. Foto da Reuters.
Marcadores: Israel, Tzipi Livni
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