Palestino mata adolescente em colônia israelense
Palestino mata adolescente em colônia israelense
DA REDAÇÃO
Um palestino armado com um machado e uma faca matou ontem um adolescente israelense de 13 anos e feriu uma criança de sete no assentamento de Bat Ayin, na Cisjordânia. É o primeiro episódio violento desde a posse, terça, do premiê direitista Binyamin Netanyahu.
Após o ataque, o palestino chegou a ser ferido por um colono israelense, mas escapou. Ao menos três grupos assumiram responsabilidade no ato: as Brigada dos Mártires de Al Aqsa -ligadas ao partido Fatah, que administra a Cisjordânia-, o Jihad Islâmico e a Imad Mugniyeh (nome de militante do grupo Hizbollah morto em 2008).
Tido como um dos assentamentos mais radicais, Bat Ayin fica entre Jerusalém e Hebron e abriga cerca de mil israelenses. Em 2002, três deles foram condenados por um malsucedido atentado a uma escola palestina para meninas. Um dos três é pai do menino ferido ontem. Já o garoto assassinado foi identificado como filho dos primeiros colonos de Bat Ayin.
Netanyahu pediu "todos os esforços" na captura do agressor. Seu porta-voz, Mark Regev, chamou o ato de "insensato e brutal contra inocentes". "O novo governo tem tolerância zero contra esse tipo de ação", agregou.
A expansão de assentamentos na Cisjordânia, ponto de disputa entre israelenses e palestinos, é apoiada por Netanyahu e pelo partido ultradireitista Israel Beitenu, de sua coalizão.
Em nota, os colonos de Bat Ayin pedem ao governo "que ponha fim ao terror árabe e destrua as esperanças do inimigo de criar um Estado palestino em solo israelense".
Com agências internacionais
Texto da Folha de São Paulo, de 3 de abril de 2009.
O texto fala por sim mesmo.
É lamentável que um adolescente israelense tenha sido assassinado, ainda mais de uma maneira sanguinária e crua com uso de faca e machado. Mas estas pessoas não deveriam estar aonde estão. Pela lei internacional eles estão ocupando uma terra que pertence aos palestinos.
Mas a frase da nota emitida pelos colonos invasores, onde pedem ao governo israelense "que ponha fim ao terror árabe e destrua as esperanças do inimigo de criar um Estado palestino em solo israelense", demonstra a mentalidade que diz que ali onde eles estão, na Cisjordânia, é terra de Israel, e que as esperanças de retomar aquela terra, devem ser destruídas.
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