Da ofensiva em Gaza
Ofensiva a Gaza, cujo objetivo não é claro, virou desastre humano
CLAUDIA ANTUNES
EDITORA DE MUNDO
A ofensiva israelense contra a faixa de Gaza, elevada a um novo patamar com a invasão terrestre do território, transformou-se num desastre humano, com 800 palestinos mortos e 3.000 feridos até sexta-feira. Segundo a ONU, mais de 250 dos mortos em Gaza são crianças; as baixas israelenses desde o início do ataque, em 27 de dezembro, somavam 13 na sexta, das quais oito soldados.
É difícil precisar quantos dos mortos em Gaza são milicianos do grupo islâmico Hamas, alvo de Israel. Dividido em alas militar e política, o grupo se mistura e se confunde com a população civil do território em que venceu as eleições legislativas em 2006 e que administra sozinho desde 2007, quando expulsou de lá os rivais do grupo secular palestino Fatah.
Gaza é isolada, com fronteiras marítima e terrestres controladas por Israel e Egito, também interessado no enfraquecimento do Hamas. O 1,5 milhão de habitantes não tem para onde fugir, e a guerra cortou-lhe a água e a energia.
Agências de assistência da ONU e a Cruz Vermelha denunciaram ataques dos militares israelenses a abrigos de refugiados e ambulâncias. Israel disse que investigará.
Uma resolução teoricamente obrigatória do Conselho de Segurança da ONU pedindo cessar-fogo imediato foi ignorada por Israel e pelo Hamas. Israel julga ter atingido 70% da capacidade militar do grupo, mas ele continua lançando foguetes contra seu território.
Há dúvidas sobre o objetivo israelense -se enfraquecer o Hamas ou destituí-lo do poder- e, se a opção for a última, quem vai assumir os escombros da faixa de Gaza.
Texto na Folha de São Paulo, de 11 de janeiro de 2009.
CLAUDIA ANTUNES
EDITORA DE MUNDO
A ofensiva israelense contra a faixa de Gaza, elevada a um novo patamar com a invasão terrestre do território, transformou-se num desastre humano, com 800 palestinos mortos e 3.000 feridos até sexta-feira. Segundo a ONU, mais de 250 dos mortos em Gaza são crianças; as baixas israelenses desde o início do ataque, em 27 de dezembro, somavam 13 na sexta, das quais oito soldados.
É difícil precisar quantos dos mortos em Gaza são milicianos do grupo islâmico Hamas, alvo de Israel. Dividido em alas militar e política, o grupo se mistura e se confunde com a população civil do território em que venceu as eleições legislativas em 2006 e que administra sozinho desde 2007, quando expulsou de lá os rivais do grupo secular palestino Fatah.
Gaza é isolada, com fronteiras marítima e terrestres controladas por Israel e Egito, também interessado no enfraquecimento do Hamas. O 1,5 milhão de habitantes não tem para onde fugir, e a guerra cortou-lhe a água e a energia.
Agências de assistência da ONU e a Cruz Vermelha denunciaram ataques dos militares israelenses a abrigos de refugiados e ambulâncias. Israel disse que investigará.
Uma resolução teoricamente obrigatória do Conselho de Segurança da ONU pedindo cessar-fogo imediato foi ignorada por Israel e pelo Hamas. Israel julga ter atingido 70% da capacidade militar do grupo, mas ele continua lançando foguetes contra seu território.
Há dúvidas sobre o objetivo israelense -se enfraquecer o Hamas ou destituí-lo do poder- e, se a opção for a última, quem vai assumir os escombros da faixa de Gaza.
Texto na Folha de São Paulo, de 11 de janeiro de 2009.
Marcadores: Faixa de Gaza, Gaza, Israel, massacre em Gaza, Palestina
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