E a CartaCapital teve sua semana de Veja (ou quem sabe Contigo?)
- Qual é seu grau de amizade e que relação tem com as pessoas acusadas?
- Os acusados costumam frequentar sua casa na Itália e no Brasil?
- O senhor costuma frequentar a casa deles no Brasil e nos Estados Unidos?
- A partir de 31 de julho de 2006, quando teve início a acusação por crime de lavagem de dinheiro, quantas vezes os acusados frequentaram sua casa?
- O senhor tem conhecimento do fato que Estevam Hernandez e Sônia Haddad Moraes Hernandez tiveram prisão decretada?
- Durante o período do decreto de prisão, as duas pessoas ficaram hospedadas em sua casa, na Itália ou no Brasil?
Acima a primeira bateria.
A segunda bateria:
- O senhor contribui com a Igreja do ponto de vista financeiro?
- Desde quando?
- Com dinheiro ou com outros bens?
- Quanto deposita por mês?
- Quanto já depositou desde que começou a colaborar com eles - nos dê um total ainda que aproximado?
- De que forma fez suas doações?
- O senhor tem conhecimento do destino que foi e é dado ao dinheiro que deposita?
Há mais:
- O senhor se dirigiu à imprensa brasileira (primeira página do jornal Folha de São Paulo, do dia 12 de setembro [de 2007, eu suponho]) para defender a Renascer. O senhor sabe de suas atividades e do que é acusada?
Eis o interrogatório encaminhado pelo juiz da 1a. Vara Criminal de São Paulo, Marcelo Batlouni Mendroni, ao jogador Kaká, do Milan. E amplamente divulgado pela revista CartaCapital em texto assinado por Paolo Manzo, o qual, por sinal, não consegui localizar no quadro da redação da revista, localizado na página 81, desta edição, n. 478. Como a reportagem informa que a revista "teve acesso", e o interrogatório foi produzido por um juiz só posso pensar que foi o mesmo juiz que "deu acesso" às perguntas. E por quê? Onde está o "segredo de justiça" que levou a justiça do Mato Grosso do Sul, por exemplo, a proibir veículos de comunicação daquele estado de divulgarem o nome de jovens acusados de estupro? Na minha vã ignorância só posso pensar que o Sr. Mendroni queira se promover em cima do craque do Milan.
E por conta do "momento Quem" da CartaCapital, a revista ainda divulga as diferenças de fé e os conflitos decorrentes entre Kaká e sua sogra, a bonita e elegante (no vestir) Rosângela Lyra. Como leitor de CartaCapital, fiquei pensando qual o interesse do público em saber que Caroline, esposa de Kaká, e filha de Rosângela, teve uma discussão ríspida com sua mãe a respeito da veneração de Santa Maria por parte dos católicos, e a quase indiferença dos protestantes com relação à santa?
Fiquei pensando, eu, protestante e evangélico, respondendo ao questionário proposto pelo senhor juiz:
"Qual é seu grau de amizade e que relação tem com as pessoas acusadas? Bem, excelência somos amigos íntimos e fraternos, nos visitamos quando podemos e trocamos telefonemas"; "Os acusados costumam frequentar sua casa na Itália e no Brasil? Como eu disse, excelência, somos amigos íntimos e fraternos, quando temos a oportunidade nos encontramos"; "O senhor costuma frequentar a casa deles no Brasil e nos Estados Unidos? Excelência, acho que aqui cabe repetir a resposta anterior"; "A partir de 31 de julho de 2006, quando teve início a acusação por crime de lavagem de dinheiro, quantas vezes os acusados frequentaram sua casa? Isto faz cerca de um ano e meio, não excelência? Eu só poderia responder diversas"; "O senhor tem conhecimento do fato que Estevam Hernandez e Sônia Haddad Moraes Hernandez tiveram prisão decretada? Sim, excelência, a imprensa deu ampla divulgação ao decreto de prisão deles"; "Durante o período do decreto de prisão, as duas pessoas ficaram hospedadas em sua casa, na Itália ou no Brasil? Não tenho certeza, excelência, mas é possível que sim"; "O senhor contribui com a Igreja do ponto de vista financeiro? Sim, excelência"; "Desde quando? Desde que comecei a frequentar a igreja, há ene anos atrás, excelência"; "Com dinheiro ou com outros bens? Com dinheiro certamente, excelência. Que tipos de outros bens o senhor pergunta?"; "Quanto deposita por mês? O equivalente a 10% de meus rendimentos mensais, excelência. Isto é variável. A minha mais recente contribuição foi de tantos euros"; "Quanto já depositou desde que começou a colaborar com eles - nos dê um total ainda que aproximado? Não sei excelência, são muitas contribuições através dos anos. Seria melhor pesquisar na contabilidade da Igreja"; "De que forma fez suas doações? Sempre que posso ir a um templo, entrego lá minha oferta, excelência. Às vezes faço transferência bancária"; "O senhor tem conhecimento do destino que foi e é dado ao dinheiro que deposita? Excelência, a Igreja tem contador e contabilidade, mas tenho certeza que o dinheiro é usado para divulgar a fé"; "O senhor se dirigiu à imprensa brasileira para defender a Renascer. O senhor sabe de suas atividades e do que é acusada? Excelência, não li o processo, mas como eles são meus amigos e alegam sua inocência, confio neles, até porque eles ainda não foram condenados pela justiça brasileira".
Não sei o que o jogador Kaká responderá. O que vai acima é apenas a minha cogitação.
E por que eu penso que o juiz Mendroni quer se promover? Porque a Igreja Renascer em Cristo deve ter milhares de fiéis, por todo o Brasil, certamente alguns milhares somente no estado de São Paulo, que é onde acredito que fique a comarca onde corre o processo contra os líderes da Igreja Renascer. Toda esta gente está perfeitamente ao alcance do juiz. Muitos desta gente devem colaborar financeiramente com a Igreja. Por que, então. enviar um questionário para um membro da igreja que está na Itália? Pelos supostos milhões doados por Kaká? Ou seja, uma testemunha é mais importante que outras pela quantidade de dinheiro que fornece? Não sei. Só especulo.
Com o que escrevo aqui não quero dizer que os casal Hernandez seja inocente. Perante a justiça brasileira são inocentes até que sejam condenados em última instância. Nos Estados Unidos eles já estão cumprindo pena por contrabando de dinheiro. Uma pena leve, que aqui no Brasil, se chegassem a ser condenados pelo mesmo motivo, provavelmente seria convertida em prestação de serviços à comunidade, pois não temos penitenciárias adequadas para o cumprimento de penas para crimes, digamos, de pequena monta.
Talvez o casal Hernandez venha a ser culpado por contabilidade ilegal (se não tiverem uma contabilização adequada das entradas, saídas e bens pertencentes à Igreja), falsidade ideológica (se usaram outras pessoas ["laranjas"] para abrir empresas), e quaisquer outros delitos que venham a ser provados contra eles. Por enquanto ainda não.
Anos atrás a revista Época fez uma reportagem sobre o casal, relatando o caso de ex-membros da Igreja que foram prejudicados por se tornarem fiadores em aluguéis de prédios que a Igreja utilizava, e deixou de pagar. Se a história é verdadeira, e o casal Hernandez for condenado será um caso de estelionato. Mas só quando forem condenados.
E por que escrevo isto? Bem, o primeiro motivo é que não esperava ver isto na capa da CartaCapital, revista que assino e tenho por honesta. A reportagem me parece sensacionalista demais para a revista, mas, pelo jeito, como dizia a propaganda, terei que rever meus conceitos.
O segundo é que sou protestante e evangélico, e todas as igrejas protestantes e evangélicas funcionam mais ou menos da mesma maneira com relação às suas finanças. Todas elas dependem das ofertas de seus membros, e estes membros normalmente confiam na direção da Igreja para lidar com isto. O que acontece é que com a população evangélica crescendo, e estas igrejas neopentecostais têm crescido com bastante vigor, o valor das ofertas vai se tornando muito grande, de maneira que o valor arrecadado é muito mais que suficiente para a manutenção de templos e sustento do seu, digamos, clero. O que elas fazem com o dinheiro que sobra? Investem em comunicação. Um exemplo acabado disso é a Igreja Universal do Reino de Deus. Não esqueçamos que tempos atrás o bispo Edir Macedo foi preso sob a acusação de charlatanismo, e outras sandices. Acusações das quais acabou inocentado. Pois quando o canal de notícias Record News foi inaugurado, recentemente, com a presença do presidente da república e do governador do estado de São Paulo, lá estava, apresentado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, o agora "empresário" Edir Macedo. O que mais? Compram imóveis com os quais edificam templos, por vezes com amplos estacionamentos, para conforto dos membros da igreja. Também provêem confortos para a sua liderança: automóveis, combustível, moradia, coisas que vão do simples ao luxuoso, dependendo da quantidade de dinheiro que uma igreja consiga arrecadar, e que, por conta disso, gera a velha questão: isto é uma maneira de facilitar a vida da liderança da igreja, ou uma mordomia imerecida? Cada igreja tem a sua maneira de avaliar isto. Algumas têm colegiados de bispos, algumas decidem por simples assembléias, mais ou menos como reunião de condomínio, embora tendendo a ser um pouco mais pacatas. Nem sempre.
Por fim temos a velha pergunta do protestante: por que não investigam as entradas da Igreja Católica? Por que não informam como a instituição se sustenta aqui no Brasil? Por que é a da maioria? Bom, mas o estado de direito não deve servir para oprimir minorias. Não que eu aqui esteja dizendo que a Igreja Católica tenha algo errado. Longe disso. A Igreja Católica nos oferece belos templos, verdadeiros tesouros arquitetônicos. E os tesouros do Vaticano, esculturas, pinturas, manuscritos antigos, eu sempre advogo que permaneçam por lá, abertos à visitação e à pesquisa.
Mas acho o interrogatório do juiz Mendroni totalmente impróprio, uma desnecessária invasão à privacidade do jogador Kaká. E achei também um imenso desperdício da capa da revista CartaCapital.
- Os acusados costumam frequentar sua casa na Itália e no Brasil?
- O senhor costuma frequentar a casa deles no Brasil e nos Estados Unidos?
- A partir de 31 de julho de 2006, quando teve início a acusação por crime de lavagem de dinheiro, quantas vezes os acusados frequentaram sua casa?
- O senhor tem conhecimento do fato que Estevam Hernandez e Sônia Haddad Moraes Hernandez tiveram prisão decretada?
- Durante o período do decreto de prisão, as duas pessoas ficaram hospedadas em sua casa, na Itália ou no Brasil?
Acima a primeira bateria.
A segunda bateria:
- O senhor contribui com a Igreja do ponto de vista financeiro?
- Desde quando?
- Com dinheiro ou com outros bens?
- Quanto deposita por mês?
- Quanto já depositou desde que começou a colaborar com eles - nos dê um total ainda que aproximado?
- De que forma fez suas doações?
- O senhor tem conhecimento do destino que foi e é dado ao dinheiro que deposita?
Há mais:
- O senhor se dirigiu à imprensa brasileira (primeira página do jornal Folha de São Paulo, do dia 12 de setembro [de 2007, eu suponho]) para defender a Renascer. O senhor sabe de suas atividades e do que é acusada?
Eis o interrogatório encaminhado pelo juiz da 1a. Vara Criminal de São Paulo, Marcelo Batlouni Mendroni, ao jogador Kaká, do Milan. E amplamente divulgado pela revista CartaCapital em texto assinado por Paolo Manzo, o qual, por sinal, não consegui localizar no quadro da redação da revista, localizado na página 81, desta edição, n. 478. Como a reportagem informa que a revista "teve acesso", e o interrogatório foi produzido por um juiz só posso pensar que foi o mesmo juiz que "deu acesso" às perguntas. E por quê? Onde está o "segredo de justiça" que levou a justiça do Mato Grosso do Sul, por exemplo, a proibir veículos de comunicação daquele estado de divulgarem o nome de jovens acusados de estupro? Na minha vã ignorância só posso pensar que o Sr. Mendroni queira se promover em cima do craque do Milan.
E por conta do "momento Quem" da CartaCapital, a revista ainda divulga as diferenças de fé e os conflitos decorrentes entre Kaká e sua sogra, a bonita e elegante (no vestir) Rosângela Lyra. Como leitor de CartaCapital, fiquei pensando qual o interesse do público em saber que Caroline, esposa de Kaká, e filha de Rosângela, teve uma discussão ríspida com sua mãe a respeito da veneração de Santa Maria por parte dos católicos, e a quase indiferença dos protestantes com relação à santa?
Fiquei pensando, eu, protestante e evangélico, respondendo ao questionário proposto pelo senhor juiz:
"Qual é seu grau de amizade e que relação tem com as pessoas acusadas? Bem, excelência somos amigos íntimos e fraternos, nos visitamos quando podemos e trocamos telefonemas"; "Os acusados costumam frequentar sua casa na Itália e no Brasil? Como eu disse, excelência, somos amigos íntimos e fraternos, quando temos a oportunidade nos encontramos"; "O senhor costuma frequentar a casa deles no Brasil e nos Estados Unidos? Excelência, acho que aqui cabe repetir a resposta anterior"; "A partir de 31 de julho de 2006, quando teve início a acusação por crime de lavagem de dinheiro, quantas vezes os acusados frequentaram sua casa? Isto faz cerca de um ano e meio, não excelência? Eu só poderia responder diversas"; "O senhor tem conhecimento do fato que Estevam Hernandez e Sônia Haddad Moraes Hernandez tiveram prisão decretada? Sim, excelência, a imprensa deu ampla divulgação ao decreto de prisão deles"; "Durante o período do decreto de prisão, as duas pessoas ficaram hospedadas em sua casa, na Itália ou no Brasil? Não tenho certeza, excelência, mas é possível que sim"; "O senhor contribui com a Igreja do ponto de vista financeiro? Sim, excelência"; "Desde quando? Desde que comecei a frequentar a igreja, há ene anos atrás, excelência"; "Com dinheiro ou com outros bens? Com dinheiro certamente, excelência. Que tipos de outros bens o senhor pergunta?"; "Quanto deposita por mês? O equivalente a 10% de meus rendimentos mensais, excelência. Isto é variável. A minha mais recente contribuição foi de tantos euros"; "Quanto já depositou desde que começou a colaborar com eles - nos dê um total ainda que aproximado? Não sei excelência, são muitas contribuições através dos anos. Seria melhor pesquisar na contabilidade da Igreja"; "De que forma fez suas doações? Sempre que posso ir a um templo, entrego lá minha oferta, excelência. Às vezes faço transferência bancária"; "O senhor tem conhecimento do destino que foi e é dado ao dinheiro que deposita? Excelência, a Igreja tem contador e contabilidade, mas tenho certeza que o dinheiro é usado para divulgar a fé"; "O senhor se dirigiu à imprensa brasileira para defender a Renascer. O senhor sabe de suas atividades e do que é acusada? Excelência, não li o processo, mas como eles são meus amigos e alegam sua inocência, confio neles, até porque eles ainda não foram condenados pela justiça brasileira".
Não sei o que o jogador Kaká responderá. O que vai acima é apenas a minha cogitação.
E por que eu penso que o juiz Mendroni quer se promover? Porque a Igreja Renascer em Cristo deve ter milhares de fiéis, por todo o Brasil, certamente alguns milhares somente no estado de São Paulo, que é onde acredito que fique a comarca onde corre o processo contra os líderes da Igreja Renascer. Toda esta gente está perfeitamente ao alcance do juiz. Muitos desta gente devem colaborar financeiramente com a Igreja. Por que, então. enviar um questionário para um membro da igreja que está na Itália? Pelos supostos milhões doados por Kaká? Ou seja, uma testemunha é mais importante que outras pela quantidade de dinheiro que fornece? Não sei. Só especulo.
Com o que escrevo aqui não quero dizer que os casal Hernandez seja inocente. Perante a justiça brasileira são inocentes até que sejam condenados em última instância. Nos Estados Unidos eles já estão cumprindo pena por contrabando de dinheiro. Uma pena leve, que aqui no Brasil, se chegassem a ser condenados pelo mesmo motivo, provavelmente seria convertida em prestação de serviços à comunidade, pois não temos penitenciárias adequadas para o cumprimento de penas para crimes, digamos, de pequena monta.
Talvez o casal Hernandez venha a ser culpado por contabilidade ilegal (se não tiverem uma contabilização adequada das entradas, saídas e bens pertencentes à Igreja), falsidade ideológica (se usaram outras pessoas ["laranjas"] para abrir empresas), e quaisquer outros delitos que venham a ser provados contra eles. Por enquanto ainda não.
Anos atrás a revista Época fez uma reportagem sobre o casal, relatando o caso de ex-membros da Igreja que foram prejudicados por se tornarem fiadores em aluguéis de prédios que a Igreja utilizava, e deixou de pagar. Se a história é verdadeira, e o casal Hernandez for condenado será um caso de estelionato. Mas só quando forem condenados.
E por que escrevo isto? Bem, o primeiro motivo é que não esperava ver isto na capa da CartaCapital, revista que assino e tenho por honesta. A reportagem me parece sensacionalista demais para a revista, mas, pelo jeito, como dizia a propaganda, terei que rever meus conceitos.
O segundo é que sou protestante e evangélico, e todas as igrejas protestantes e evangélicas funcionam mais ou menos da mesma maneira com relação às suas finanças. Todas elas dependem das ofertas de seus membros, e estes membros normalmente confiam na direção da Igreja para lidar com isto. O que acontece é que com a população evangélica crescendo, e estas igrejas neopentecostais têm crescido com bastante vigor, o valor das ofertas vai se tornando muito grande, de maneira que o valor arrecadado é muito mais que suficiente para a manutenção de templos e sustento do seu, digamos, clero. O que elas fazem com o dinheiro que sobra? Investem em comunicação. Um exemplo acabado disso é a Igreja Universal do Reino de Deus. Não esqueçamos que tempos atrás o bispo Edir Macedo foi preso sob a acusação de charlatanismo, e outras sandices. Acusações das quais acabou inocentado. Pois quando o canal de notícias Record News foi inaugurado, recentemente, com a presença do presidente da república e do governador do estado de São Paulo, lá estava, apresentado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, o agora "empresário" Edir Macedo. O que mais? Compram imóveis com os quais edificam templos, por vezes com amplos estacionamentos, para conforto dos membros da igreja. Também provêem confortos para a sua liderança: automóveis, combustível, moradia, coisas que vão do simples ao luxuoso, dependendo da quantidade de dinheiro que uma igreja consiga arrecadar, e que, por conta disso, gera a velha questão: isto é uma maneira de facilitar a vida da liderança da igreja, ou uma mordomia imerecida? Cada igreja tem a sua maneira de avaliar isto. Algumas têm colegiados de bispos, algumas decidem por simples assembléias, mais ou menos como reunião de condomínio, embora tendendo a ser um pouco mais pacatas. Nem sempre.
Por fim temos a velha pergunta do protestante: por que não investigam as entradas da Igreja Católica? Por que não informam como a instituição se sustenta aqui no Brasil? Por que é a da maioria? Bom, mas o estado de direito não deve servir para oprimir minorias. Não que eu aqui esteja dizendo que a Igreja Católica tenha algo errado. Longe disso. A Igreja Católica nos oferece belos templos, verdadeiros tesouros arquitetônicos. E os tesouros do Vaticano, esculturas, pinturas, manuscritos antigos, eu sempre advogo que permaneçam por lá, abertos à visitação e à pesquisa.
Mas acho o interrogatório do juiz Mendroni totalmente impróprio, uma desnecessária invasão à privacidade do jogador Kaká. E achei também um imenso desperdício da capa da revista CartaCapital.
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