Do Conversa Afiada: Controladores Desacatam Jobim
20/10/2007 12:37h
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 699
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil.
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. Cheguei ontem, sexta-feira, dia 19 de outubro de 2007, às quinze para as cinco da tarde no Santos Dumont com a intenção de voltar para São Paulo.
. Cheguei em casa às duas horas da manhã de sábado.
. Caiu um pé d’água no Rio por volta das 18H, e houve neblina forte em São Paulo.
. Em São Paulo, os aviões operavam por instrumentos.
. Tudo bem.
. No Rio, a tromba d’água foi forte, mas passou e ficou uma chuvinha fina, que depois passou também.
. E nada de chegar ou sair avião do Santos Dumont.
. As informações invariavelmente IMPRECISAS dos funcionários da TAM diziam, ora, que os controladores usavam aquela moedinha que o Jornal Nacional usou em Congonhas para demonstrar que o Presidente Lula derrubou o avião da TAM.
. E mediam a espessura da água.
. Não sou um especialista em moedinhas, mas entendo de chuva no Rio.
. A tromba d’água parece que vai alagar o mundo, mas passa em pouco tempo.
. Aquilo ali não fecha o Santos Dumont das seis da tarde às 11 horas da noite.
. Ora, diziam os funcionários da TAM, sempre muito bem informados, que Congonhas e Guarulhos tinham fechado por causa da intensa neblina...
. Não fechou, segundo o Estadão, pág. C7 desde sábado.
. Finalmente, com a comprovada eficiência da TAM, os passageiros foram deslocados, aos trancos e barrancos, de ônibus, para o Galeão.
. Lá, não havia avião da TAM à espera.
. Enfim, chegou um avião.
. Ficamos sentados dentro do avião um bom tempo, à espera de passageiros e do OK dos controladores para levantar vôo.
. Depois, levamos DUAS HORAS no ar, para cobrir a distância entre Rio e São Paulo.
. Os controladores informaram ao comandante que o intenso tráfego aéreo nos obrigava a voar em círculos em cima do Guarujá.
. Intenso tráfego aéreo meia-noite, uma da manhã ?
. Quando pousamos em Guarulhos, podíamos ver das janelas mais ou menos 895 fingers livres.
. Mas, o avião ficou parado quinze minutos na pista, porque, segundo o comandante, a Infraero não informava a que finger deveríamos nos dirigir.
. Trata-se, numa análise elementar, de uma greve do zelo, um boicote, para se aproveitar do tráfego intenso com a Fórmula Um.
. Os controladores usaram a desculpa do tráfego, da usual ineficiência das linhas áreas brasileiras, e da soneca do funcionário da Infraero em Guarulhos para desencadear o caosaéreo na ponte Rio–São Paulo, numa sexta-feira à noite.
. Leio os jornais hoje de manhã, e só o Estadão publica uma breve nota sobre os atrasos.
. Uma nota que reproduz, apenas, sem a usual indignação dos objetivos repórteres do Estadão, as informações ineptas e incompletas das autoridades.
. Cadê o caosáereo ?
. Cadê os vigilantes do ar, aqueles repórteres/colunistas/editorial
. Calaram-se com a nomeação de um ministro tucano para Defesa.
. Acabou o caosaéreo.
. Agora, é tudo uma questão meteorológica, pluviométrica.
. É preciso dar a mão à palmatória: o Presidente Lula fez muito bem em nomear Nelson Jobim, o maior amigo de José Serra.
. Acabou o caosaéreo.
. (A única vantagem foi reencontrar Washington Olivetto no Santos Dumont. Como sempre, nos breves intervalos em que não falava do Corinthians, Washington fez ponderações importantíssimas; Primeiro, constatou certo clima “Rubens Barrichelo” na operação da ponte aérea naquele fim de tarde chuvoso. Washinton também me disse que ia ligar para o Caetano Velloso e dar parabéns pelas fotos da Mônica Velloso na Playboy. Washington não sabia que a família Velloso tinha uma moça tão bonita.)
Comentário do Conversa Afiada, do Paulo Henrique Amorim.
Marcadores: controladores de vôo, Conversa Afiada, crise aérea, Nelson Jobim
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