Quem Tem Direito aos Direitos Humanos – Outra Versão
Para refletir mais um pouco a respeito de valores
Quem Tem Direito aos Direitos Humanos Outra Versão
Cara senhora,
A senhora não me conhece. Sou o pastor da igreja daquela senhora à qual a senhora enviou um forte protesto, reclamando da inversão de valores que vige no Brasil, em que há comissões que apóiam criminosos, clamando por direitos humanos, e esquecem das vítimas.
Antes de mais nada, devo lhe dar os parabéns. Apesar de sua dificuldade de recursos, a senhora conseguiu alcançar boa educação, o que posso concluir pelo rico vocabulário que a senhora empregou, com palavras não tão comuns como dependências, enérgico, entidades de defesa, mídia, e, principalmente, labutar. É uma pena que a sua boa educação não tenha lhe permitido alcançar um emprego melhor. Infelizmente são problemas que afligem nossa nação. Como o seu filho, as pessoas estudam, trabalham, mas nem sempre conseguem melhorar a sua vida num nível que tenha valido tanto esforço.
Também fico feliz que a senhora se solidarize com o sofrimento desta senhora da igreja, quando informa que também é mãe.
É realmente lamentável que o seu filho tenha perdido a vida naquele assalto, que o filho dela protagonizou. Esta mãe que chorava à frente da Febem tem outros filhos. Alguns deles vêm à igreja com ela. Infelizmente aquele rapaz que acabou na Febem se desviou, se desgarrou. Ele também tentou estudar, tentou arranjar trabalho. Contudo, depois de algumas frustrações, acabou se envolvendo com pessoas que não devia, e descambou para o crime. Pequenos furtos, depois roubos, e esse assassinato. Mas a senhora sabe,ele é filho dela. Ela continua tendo esperanças que ele mude, e deixe a vida do crime. A senhora sabe, ela é mãe, e boas mães não desistem de seus filhos. Pelo contrário, quando eles fazem maldades, as mães sofrem muito. Mas ela tem esperanças. Eu mesmo tenho um colega que foi criminoso um dia, mas se arrependeu e mudou.
Infelizmente também, o seu protesto está sendo usado para difamar entidades de direitos humanos. Como a senhora mora na periferia, a senhora e o seu marido sabem que a partir de determinada hora, não convém sair de casa, pois pode se tornar vítima, tanto de assalto, quanto de guerra de quadrilhas de traficantes, quanto de esquadrões da morte. E a senhora também já deve ter visto, ou ouvido falar, de alguma chacina na periferia onde mora. As vezes, 3, 4 ou até mais pessoas, geralmente homens jovens, muitos deles trabalhadores esforçados que só queriam se divertir um pouco, são mortas, ou por estarem em algum bar na hora errada, ou conversando com amigos, na frente de casa mesmo. A polícia nem se dá ao trabalho de tentar investigar as tais chacinas. Sempre aparece algum delegado para dizer que a chacina ocorreu em decorrência de guerra de traficantes. Entidades de direitos humanos lutam para que o Estado dê condições a todos de se sentirem seguros, sem precisarem ficar trancados em casa à noite. Entidades de direitos humanos lutam para que um suspeito só possa ser condenado após o veredito da Justiça. E entidades de direitos humanos lutam por tratamento humano aos criminosos, porque, mesmo criminosos, e monstros aos olhos das vítimas de crimes, os criminosos ainda são humanos, e uma pequena porcentagem deles não voltará ao crime, se conseguirem sair vivos das detenções.
Felizmente a senhora vive num país em que existe alguma liberdade de expressão, e o seu protesto, no máximo, causa indignação em alguns. Porém existem países em que tal protesto poderia ser visto como uma afronta ao governo, e a senhora poderia ser perseguida por ter feito tal protesto. As entidades de direitos humanos lutam contra isso. Existem outros países em que tenho colegas que são presos, e até assassinados por dirigirem igrejas cristãs. As entidades de direitos humanos lutam contra isto também.
Achei interessante aquela colocação que a senhora fez no final de seu protesto. A senhora manifesta grande generosidade ao doar colchões para centros de detenção da Febem. Espero que a senhora também faça isso com cadeias públicas. Sim, porque as suas palavras só podem ser a respeito de doações especiais que a senhora faça. Porque se a senhora quer dizer que está pagando de novo os colchões, através dos seus impostos, devo lembrá-la que eu também pago os meus impostos, e esta mãe, cujo filho está preso, também.
Circule este outro manifesto! Talvez a gente consiga pensar nos valores que devem reger o Brasil!
Quem Tem Direito aos Direitos Humanos Outra Versão
Cara senhora,
A senhora não me conhece. Sou o pastor da igreja daquela senhora à qual a senhora enviou um forte protesto, reclamando da inversão de valores que vige no Brasil, em que há comissões que apóiam criminosos, clamando por direitos humanos, e esquecem das vítimas.
Antes de mais nada, devo lhe dar os parabéns. Apesar de sua dificuldade de recursos, a senhora conseguiu alcançar boa educação, o que posso concluir pelo rico vocabulário que a senhora empregou, com palavras não tão comuns como dependências, enérgico, entidades de defesa, mídia, e, principalmente, labutar. É uma pena que a sua boa educação não tenha lhe permitido alcançar um emprego melhor. Infelizmente são problemas que afligem nossa nação. Como o seu filho, as pessoas estudam, trabalham, mas nem sempre conseguem melhorar a sua vida num nível que tenha valido tanto esforço.
Também fico feliz que a senhora se solidarize com o sofrimento desta senhora da igreja, quando informa que também é mãe.
É realmente lamentável que o seu filho tenha perdido a vida naquele assalto, que o filho dela protagonizou. Esta mãe que chorava à frente da Febem tem outros filhos. Alguns deles vêm à igreja com ela. Infelizmente aquele rapaz que acabou na Febem se desviou, se desgarrou. Ele também tentou estudar, tentou arranjar trabalho. Contudo, depois de algumas frustrações, acabou se envolvendo com pessoas que não devia, e descambou para o crime. Pequenos furtos, depois roubos, e esse assassinato. Mas a senhora sabe,ele é filho dela. Ela continua tendo esperanças que ele mude, e deixe a vida do crime. A senhora sabe, ela é mãe, e boas mães não desistem de seus filhos. Pelo contrário, quando eles fazem maldades, as mães sofrem muito. Mas ela tem esperanças. Eu mesmo tenho um colega que foi criminoso um dia, mas se arrependeu e mudou.
Infelizmente também, o seu protesto está sendo usado para difamar entidades de direitos humanos. Como a senhora mora na periferia, a senhora e o seu marido sabem que a partir de determinada hora, não convém sair de casa, pois pode se tornar vítima, tanto de assalto, quanto de guerra de quadrilhas de traficantes, quanto de esquadrões da morte. E a senhora também já deve ter visto, ou ouvido falar, de alguma chacina na periferia onde mora. As vezes, 3, 4 ou até mais pessoas, geralmente homens jovens, muitos deles trabalhadores esforçados que só queriam se divertir um pouco, são mortas, ou por estarem em algum bar na hora errada, ou conversando com amigos, na frente de casa mesmo. A polícia nem se dá ao trabalho de tentar investigar as tais chacinas. Sempre aparece algum delegado para dizer que a chacina ocorreu em decorrência de guerra de traficantes. Entidades de direitos humanos lutam para que o Estado dê condições a todos de se sentirem seguros, sem precisarem ficar trancados em casa à noite. Entidades de direitos humanos lutam para que um suspeito só possa ser condenado após o veredito da Justiça. E entidades de direitos humanos lutam por tratamento humano aos criminosos, porque, mesmo criminosos, e monstros aos olhos das vítimas de crimes, os criminosos ainda são humanos, e uma pequena porcentagem deles não voltará ao crime, se conseguirem sair vivos das detenções.
Felizmente a senhora vive num país em que existe alguma liberdade de expressão, e o seu protesto, no máximo, causa indignação em alguns. Porém existem países em que tal protesto poderia ser visto como uma afronta ao governo, e a senhora poderia ser perseguida por ter feito tal protesto. As entidades de direitos humanos lutam contra isso. Existem outros países em que tenho colegas que são presos, e até assassinados por dirigirem igrejas cristãs. As entidades de direitos humanos lutam contra isto também.
Achei interessante aquela colocação que a senhora fez no final de seu protesto. A senhora manifesta grande generosidade ao doar colchões para centros de detenção da Febem. Espero que a senhora também faça isso com cadeias públicas. Sim, porque as suas palavras só podem ser a respeito de doações especiais que a senhora faça. Porque se a senhora quer dizer que está pagando de novo os colchões, através dos seus impostos, devo lembrá-la que eu também pago os meus impostos, e esta mãe, cujo filho está preso, também.
Circule este outro manifesto! Talvez a gente consiga pensar nos valores que devem reger o Brasil!
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