O Presidente Lula Precisa Refletir
Em algum meio perdido de minha memória, lembro de uma historinha sobre o envolvimento dos Estados Unidos no Vietnã. O "âncora" de um dos principais noticiários dos Estados Unidos, seria talvez Walter Cronkite? Bom, para fim de comparação imaginemos hoje o William Bonner. Então, este âncora esteve visitando o Vietnã em 1968, e foi logo após uma ofensiva da guerrilha. As tropas dos Estados Unidos já haviam recuperado o terreno perdido, mas aquela ofensiva minou o moral da opinião pública. E o jornalista teria dito "Senhor Presidente, esta guerra não pode ser vencida!". E diz que o presidente Lyndon Johnson falou a seus assessores "Estou perdido, eu perdi Walter Cronkite(?), eu perdi o coração do americano médio!". Foi mais ou menos isso.
E hoje, em sua coluna que é publicada em diversos jornais brasileiros, como a Folha de São Paulo, o Globo, e, aqui em Porto Alegre, no Correio do Povo, o jornalista Elio Gaspari, que para mim é uma sumidade, ou o mais isento analista do jornalismo brasileiro bate no Presidente Lula, a partir de seu desempenho no debate de domingo passado, ecoando o primeiro "murro" do ex-governador Alckmin "Lula, de onde é que veio o dinheiro?". Gaspari depois continua:
O companheiro ainda não entendeu que a falta de uma resposta a essa pergunta pode lhe custar a reeleição e um pedaço da biografia.
Lula passou os últimos quatro anos sem ouvir o contraditório. Diante dele, olho no olho, ao vivo e a cores, desconcertou-se. O peso da banda áulica no Palácio do Planalto de Nosso Guia só tem paralelo no governo do general João Figueiredo (1979-1985). A linguagem chula e a maneira destemperada como Lula trata seus colaboradores faz de Figueiredo uma carmelita. Diz o que quer e só ouve o que quer.
O entorno dos governantes isola-os das adversidades e das contraditas. O café vem como ele gosta. O assessor que carrega a toalha para enxugar o suor está sempre por perto. (Lembrai-vos do curador de almofadas para as pernas curtas do imperador etíope Hailé Selassiê.)
E continua:
(...) O companheiro vive nesse mundo encantado e, numa bela noite de domingo, vê-se diante de Geraldo Alckmin: "De onde veio o dinheiro?" Lula parecia um boxeador insultado porque o adversário o atacava.
Depois, disso a coluna de Gaspari continua, e mostra alguns dos disparates ditos pelo próprio candidato Alckmin, o que continua demonstrando a coisa mais próxima da imparcialidade que o jornalismo brasileiro que eu conheço produziu.
Para sorte do atual presidente e candidato à reeleição, Gaspari não entra em rede nacional às 20 h 30 min, para todo o Brasil. Como jornalista de mídia impressa, o seu alcance é bem mais restrito. Se Gaspari dissesse o que disse na televisão, no horário nobre, o presidente Lula poderia dizer como Johnson "Estou perdido, eu perdi o Gaspari!".
Ele deveria refletir sobre isso...
E hoje, em sua coluna que é publicada em diversos jornais brasileiros, como a Folha de São Paulo, o Globo, e, aqui em Porto Alegre, no Correio do Povo, o jornalista Elio Gaspari, que para mim é uma sumidade, ou o mais isento analista do jornalismo brasileiro bate no Presidente Lula, a partir de seu desempenho no debate de domingo passado, ecoando o primeiro "murro" do ex-governador Alckmin "Lula, de onde é que veio o dinheiro?". Gaspari depois continua:
O companheiro ainda não entendeu que a falta de uma resposta a essa pergunta pode lhe custar a reeleição e um pedaço da biografia.
Lula passou os últimos quatro anos sem ouvir o contraditório. Diante dele, olho no olho, ao vivo e a cores, desconcertou-se. O peso da banda áulica no Palácio do Planalto de Nosso Guia só tem paralelo no governo do general João Figueiredo (1979-1985). A linguagem chula e a maneira destemperada como Lula trata seus colaboradores faz de Figueiredo uma carmelita. Diz o que quer e só ouve o que quer.
O entorno dos governantes isola-os das adversidades e das contraditas. O café vem como ele gosta. O assessor que carrega a toalha para enxugar o suor está sempre por perto. (Lembrai-vos do curador de almofadas para as pernas curtas do imperador etíope Hailé Selassiê.)
E continua:
(...) O companheiro vive nesse mundo encantado e, numa bela noite de domingo, vê-se diante de Geraldo Alckmin: "De onde veio o dinheiro?" Lula parecia um boxeador insultado porque o adversário o atacava.
Depois, disso a coluna de Gaspari continua, e mostra alguns dos disparates ditos pelo próprio candidato Alckmin, o que continua demonstrando a coisa mais próxima da imparcialidade que o jornalismo brasileiro que eu conheço produziu.
Para sorte do atual presidente e candidato à reeleição, Gaspari não entra em rede nacional às 20 h 30 min, para todo o Brasil. Como jornalista de mídia impressa, o seu alcance é bem mais restrito. Se Gaspari dissesse o que disse na televisão, no horário nobre, o presidente Lula poderia dizer como Johnson "Estou perdido, eu perdi o Gaspari!".
Ele deveria refletir sobre isso...
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